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08 fevereiro 2010

ASSUMINDO RISCOS   -                                                                           
Em outubro de 1994, o navio escandinavo Estônia afundou perto da costa da Suécia. Uma violenta tempestade criou um desequilíbrio na carga; eram veículos, organizados em fileiras, que foram jogados para um só lado, fazendo com que o navio tombasse. Em pouco tempo, a água começou a invadir o barco e puxá-lo para o fundo.
Os tripulantes sabiam que a situação era grave; disseram aos passageiros que cada um deles teria uma escolha a fazer e que teriam de escolher muito rápido. As opções eram acomodar-se num pequeno bote e esperar que alguém os resgatasse ou ficar a bordo e arriscar-se a afundar.
Havia mil pessoas a bordo: a maioria delas analisou as opções e preferiu ficar no ambiente seco e confortável em que se encontrava. Cem pessoas tiveram coragem de lançar-se ao desconhecido, em meio à feroz tempestade. Foi um percurso difícil, mas elas se mantiveram firmes e acabaram sendo resgatadas; assumiram o risco de sair da zona de conforto. Esses cem corações valentes estão vivos hoje. Os outros passageiros, os 900 que permaneceram a bordo, afundaram com o navio.
Você prefere atravessar a zona de segurança ou ficar confortável, mas sem saída? Você assume riscos e cresce ou contenta-se com menos?
Provavelmente já lhe disseram que, hoje em dia, até sair de casa é perigoso, entrar num avião ou dirigir um automóvel também são situações que apresentam riscos, mas não deixamos de fazê-lo. Quais são os outros riscos? Falar o que pensa, mesmo contrariando outras pessoas; sair de um relacionamento abusivo; dizer não; mudar de emprego, de cidade ou de país.
O risco é relativo, o que é arriscado para você pode não ser para mim e vice-versa. Pense no significado do risco para você e decida quais deles você está decidido a assumir. Tenho observado que, para alguns indivíduos, o simples fato de assumir riscos faz com que suas pontes se construam, como num passe de mágica. Assumir riscos lhe traz fé que os faz acreditar em si mesmos e sair em busca daquilo que desejam. Se quisermos viver integralmente e participar desse milagre chamado vida, precisamos assumir riscos. Há bastante tempo, apresento para os participantes de minhas palestras o seguinte poema:
Quem ri corre o risco de parecer tolo. Quem chora se arrisca a parecer sentimental.
Quem busca o outro corre o risco de envolver-se.
Quem revela os sentimentos arrisca-se a mostrar quem é.
Quem expõe suas idéias e sonhos arrisca-se a perdê-los.
Quem ama arrisca-se a não ser correspondido.
Quem vive corre o risco de morrer.
Quem espera arrisca-se ao desespero.
Mas arriscar-se é preciso, perigoso é não arriscar-se nunca.
Quem não arrisca não faz nada, não tem nada, não é nada.
Evitando a dor, nada aprende, muda ou sente, nada cresce, ama ou vive.
Sua postura o acorrenta, torna-o um mero escravo: Renunciou à liberdade, pois só é livre aquele que corre riscos.
Este é o verdadeiro paradoxo. As mudanças são desconfortáveis, mas sem elas não há crescimento. Portanto, para crescer, precisamos sair da zona de conforto, precisamos fazer algo diferente, experimentar algo diferente, ativar o botão de agir com coragem. Gandhi disse: "Seja a mudança que deseja ver neste mundo." Em outras palavras, mostre o caminho! Vá em frente. Seja um exemplo. Arrisque-se!
Daniel C. Luz (Autor dos livros Insight I e Insight II)
                                                       

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