Tudo o que acontece com a gente tem um propósito, tem um porquê. Basta olhar para trás, percorrendo nossa trajetória, para perceber quanto as experiências do passado — as dolorosas e as felizes — foram importantes para que chegássemos aonde estamos hoje. Pessoas que tiveram doenças graves, um câncer, por exemplo, e precisaram fazer tratamentos dolorosos, como quimioterapia, normalmente passam a enxergar a vida de forma diferente depois que todo o sofrimento cessa. Percebem então quanto essa experiência difícil foi importante para que aprendessem muitas coisas sobre a vida que ainda não sabiam.
As jornadas mais complicadas sempre são aquelas que nos trazem mais sabedoria. Como nas histórias dos heróis de todos os tempos, há sempre o momento de enfrentar o grande desafio, de encarar a caverna mais profunda de toda a jornada. É nesse instante que o herói deve provar que tem força para seguir em frente. É nesse instante que o herói tem de contatar os potenciais que jamais imaginou possuir dentro de si. É nesse instante que o herói deve pôr a mão no coração, confiar em deus e dar o próximo passo, mesmo que só exista o desconhecido à frente.
O jornalista Mário Rosa mostra, em seu livro a Síndrome de Aquiles (Gente, 2001), uma imagem muito bonita do significado dos incêndios em nossa vida:
Quem já foi a um parque como o Yosemite, na Califórnia, teve o raro privilégio de ver de perto o maior monumento vivo do reino vegetal: as legendárias sequóias. Essas árvores alcançam alturas impressionantes, mais de 100 metros de altura, e chegam a viver até 4 mil anos. É quando se está diante de um portento tão poderoso como uma sequóia, vendo-a viva, tocando essa testemunha da história de nosso planeta, que quarenta séculos de vida deixam de ser apenas um número e passam a evocar uma forte emoção e algumas reflexões.
Tal como as sequóias, nós somos seres com poderes infinitos, precisamos apenas que alguns raios nos ataquem para conhecermos nossa força. Muitas vezes a dor parecerá insuportável, as perdas, insuperáveis, os obstáculos, intransponíveis. Mas, com fé e determinação, descobriremos que somos maiores que tudo isso e, no final, celebraremos nossas vitórias.
Fonte: Roberto Shinyashiki
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